terça-feira, 22 de junho de 2010

Surpreendeu a atitude do Dunga na entrevista coletiva após a vitória diante da Costa do Marfim. Chamar o global Alex Escobar de cagão gerou as mais diversas manifestações.

Quem me conhece, já pode imaginar o que penso.

Apesar dos palavrões inadequados para o momento, Dunga deu mais uma mostra de personalidade forte. Não interessa quem esteja do outro lado, se for um repórter iniciante ou o mais renomado do planeta. Age da mesma maneira com todos. Não é de “fazer média”.

Desde o começo da sua história da seleção brasileira, ainda quando júnior, Dunga conheceu o lado negro da imprensa. Mas mesmo vítima de tantas e tantas críticas, venceu no esporte.

Meses antes da copa, a grande mídia anunciava a apatia de Ronaldinho Gaúcho. Pouco tempo antes da convocação, no entanto, após um ou outro gol do ex gremista na Itália, já mencionavam o nome do jogador como um dos melhores do mundo. Sem critério e sabendo dos métodos de Dunga, tentaram colocar Ronaldinho na seleção de qualquer jeito. Não levaram.


Além disso, a badalação em Neymar e Ganso foi ridícula. Uma coisa é fazer gol contra Santo André e Grêmio, outra, bem diferente, é ter personalidade suficiente para enfrentar os grandes da europa em um mudial. De novo, apesar de toda a manipulação em cima do povo, não conseguiram.

Enquanto isso, Dunga organizava e planejava tudo para a Copa. Chegando lá, mais bomba e bomba. Na África, Dunga aguenta tudo como pode. Trabalhando. Treinando. E os jornalistas (não todos, é claro) reclamando porque os treinos são fechados e redicularizando-o. Ora bolas. Tudo tem limite.

Sobre o episódio com o Escobar, especificamente, quem conhece os bastidores de uma entrevista coletiva imagina que Dunga não fez aquilo de graça. Por trás das câmeras, muita coisa acontece. O comportamento do repórter não deve ter sido de santo. No mínimo, faltou respeito com treinador. Mas isso, os microfones não captam.

Texto escrito pelo Alex Frantz - membro da LET

0 comentários:

Postar um comentário